[ O escritor e sua arte, num embate ]
Me bate
com dedos suaves
com toda a inspiração
com ternura e paixão
com a delicadeza de poeta
e com toda a sua imaginação ...
Deixa por escrito
tristezas e gemidos
o gozo da alegria
a criatividade de uma bela fantasia ...
Me bate a vontade
com verdade e liberdade ...
Me bate sem medo
revela os teus segredos
na minha pele macia
indescritíveis poesias ...
Me bate
como só você sabe
com carinho e lealdade
com amor e amizade
entre um escritor e a sua escrita ...
Ah ... palavrinhas bem ditas!
Me bate devagar
pausadamente
sou papel
mas também sou quase gente.
isso
só
você
entende...
— laura méllo
[ imagem: charles bukowski ]
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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