Se estou bem, faço poema. Se estou triste, na tristeza o poema existe. Se estou confusa, um poema a tudo esclarece. Se me apaixono, num poema me derramo. Se fico em silêncio, escrevo um poema mudo. Se grito, o poema grita mais alto dizendo: - Vamos parar? eu não sou surdo! Se me agito, o poema vira canção e as palavras dançam como se estivessem num bailão. Se estou quieta, é o poema dormindo no meu coração. Se fecho os olhos, o poema salta deles querendo ir além da visão. Se vou dormir, um poema que dormia acorda querendo que eu o escreva. Enquanto não escrevo, ele não me dá paz. É, acho que o meu problema é ser poemática demais. Às vezes duvido que eu seja uma mulher. Penso que sou um poema. Mas não um poema qualquer (...) ╰» laura méllo