Mãe, sabe o que eu descobri?

O amor tem vida. 
E ele não precisa de mim pra nada.
Ele tem vida própria.
Ele respira, transpira, tosse, 
engole o que lhe vai ter algum proveito,
vomita as coisas que entram nele de mal jeito,
ele sente dor, e é da dor o próprio remédio.
E sabe o que mais descobri mãe?
ele não é cego o danado.
ao contrário, ele enxerga um bocado, até, de olhos fechados.
ele nunca se perde, tem seu próprio GPS, está sempre bem situado.
Não se cansa, por mais que aparentemente esteja cansado.
Ele é do bem, não mata ninguém, embora muitas vezes nos sintamos esgotados.

Ele não é apenas um sentimento.
Ele é O amor.
E quer saber mais?
Ele não depende de mim para viver.
Eu sou mortal, vou morrer.
Enquanto que o amor, a todas as dores, lutas e decepções,
ele vai sobreviver...

Além de ter vida, ele não morre.
Agora me diz mãe, com o amor, quem é que pode?

Ele é tão inxirido.
Teoricamente, entra no coração da gente
através de uma flecha de um cupido.
O coração sente, estremece, é assim que acontece.

Mas nem sempre ele é correspondido.
De bonzinho, passa a ser bandido!

Quando ele não é para uns, alegre, é para outros tão sofrido.

Ele manda e desmanda.
Não vou com ele contender.
Quero mais, é paz na minha casa.
Afinal, ele ocupa todo o meu ser.

*:•.♡.•:*
________________ laura méllo

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