Sou escritora sem holofotes.
Sem aplausos, sem livros a assinar.
Escondida num canto do quarto, sentada em frente 
a uma telinha mágica, onde vejo diante dos meus olhos
surgir em cada letra rabiscada, um sentir imenso e profundo.
Sou uma escritora que surgiu do nada no mundo.
Sempre me fascinou o mundo da escrita.
Palavras bem colocadas e ben(m)ditas.
E no banal dos dias surge, imaginem só: - Poesias!
Quanta pretensão não?
Um ser tão comum, tão desapercebida da multidão, desapercebida até mesmo por aqueles que com ela convive, se atrever a escrever seus sentimentos, seus momentos,
seus conflitos pessoais, e suas dores, para muitos, dores banais.
Escrita solitária.
Alguns até me acham hilária por tal atrevimento.
Por deixar alguns poucos saberem de meus sentimentos.
Eu só peço uma única coisa.
Que me permitam ser quem sou.
Que permitam dentro da minha pequenez, eu poder expressar o meu pensar e sentir uma vez, duas, três ou mil vezes se for necessário, a liberdade que tem o meu imaginário.
Não aspiro ser reconhecida.
Apenas desejo ser por poucos, mas preciosos, nunca ser esquecida.
Fico estasiada quando alguém fala que com aquilo que eu escrevo ela se identifica.
Afinal, vida é vida.
E estamos vivos e desejosos de viver.
Viver até morrer.
E que todas as minhas experiências de vida, eu continue escrevendo-as, até criar calos na ponta dos dedos.
Por Deus, esse é o meu desejo.
Desejo amar muito, doer-me de tanto amar se for preciso.
Posso ser um ser desapercebido na multidão; mas eu creio que em algum lugar eu hei de tocar e me fazer eterna num determinado coração.
“Se ser escritora é ser autora do livro da própria vida.”
Eu sou, escritora eu sou!



Laura Méllo

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