Parei de acreditar nas coisas que vejo faz um bom tempo. 
Deixei de ficar atenta no que escuto, de dar credibilidade para certas palavras. 
Tenho exercitado o silêncio como forma de me expressar, e acreditem, tem me dado ótimos resultados.
Meu mundo lúdico tomou proporções gigantescas. 
Os poemas ganharam vida.
As poesias se divertem dentro de um universo que é todo meu.
Cansei!
Cansei de dar murro em ponta de faca.
Cansei de tentar desabafar para quem me ouve só por caridade, como quem faz um favor.
Cansei da realidade.
Ela dói, é irônica, prepotente; me faz um carinho pela frente e fala mal de mim por trás.
Cansei da incompreensão humana.
Cansei dos mimimis, dos leva e traz.
Cansei das críticas desnecessárias.
Cansei de fazer papel de otária.
Que ninguém se iluda com a direção do meu olhar.
Cansei de ver o que não me faz bem enxergar.
Fiz da dor no peito um sambinha gostoso de se dançar.
Fiz das lágrimas um oceano.
Fiz do picadeiro onde me colocaram, o MEU palco.
Fazer graça é para quem nasceu pra ser palhaço.
Palhaço por ofício e pela arte.
Este não é o meu caso.
No meu palco, sou estrela.
Sem aplausos, é fato.
Mas quem disse que todo aplauso é sinônimo de plateia satisfeita?
Cansei de tentar ser aceita.
Foi tão doloroso quando constatei que nem toda felicidade vem de Deus; que tem gente que fala do amor e das coisas do alto, mas debaixo dos panos se comportam pior que um ateu.
Agora, quero concluir a minha vida com toda serenidade, dignidade e imaginação que a pureza de minha alma permite.
Quero chorar sem ser questionada, pois o óbvio sempre esteve na cara de todos; mas querer saber o motivo do choro todos insistem.
Quero sorrir com gosto, sem que ninguém me pergunte o que aconteceu.
Quero e vou continuar a conversar só com o meu Deus.
Os homens são todos tão iguais.
Se acham uns melhores que os outros, uns, pensam que sabem mais que os outros, se gabam no que fazem, diminuem os que quase nada sabem fazer... resumindo: O lado divino da humanidade está sumindo.
Deus é tão grande, tão ocupado e ainda assim, pára pra nos ouvir.
Enquanto que nós muitas vezes só temos ouvidos para a nossa própria voz; a voz do nosso ego.
Vou lhes confessar uma coisa: algumas vezes, eu me perdi nas palavras e também na vida, mas nunca, nunca mesmo, houve alguém que me segurasse pelas mãos e me levasse de volta pra casa.
Sempre voltei sozinha, chorosa e cabisbaixa.
É, tem coisa que a gente nunca esquece.
Por mais que o tempo passe.
Xiiiii! Acho que me perdi de novo...
Sim, voltando ao assunto; Cansei! Agora, vivo no meu mundo.
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#lauramello


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