Minh'alma é rosa.
Ela é um mundo de saia.
Mas é topetuda, não foge da raia.
Tem cabelos de trança.
Calça sapatilhas de bailarina.
De dia, ela dança.
De tarde ensina.
De noite descansa.
Minh'alma é rosa.
Da cor de uma casinha de menina.
Ela gosta de prosa e de rima.
Se embriaga de fé
Servida numa caneca de café.
Ela tem palavras que adoça
Que salva, que vicia e contamina.
Minh'alma é formosa.
Aos olhos dos outros
Ela é invisível, imperceptível.
Eis a sua sina.
Mas eu sou dela e ela é minha.
Gente, a minha alma é incrível.
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√ Laura Méllo | © michelle jarrett
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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