Às vezes tenho medo de sair do trilho, 
de ser trem desgovernado, de ferir alguém e me ferir também.
Tenho medo dos acidentes de percalços.
Ando um pouco cansada de driblar a vida, de acumular feridas, 
de andar aprumadamente nessa linha imaginária que ninguém consegue ver.
Ando de olhos marejados, joelho ralado, sintomas de reumatismo, 
corpo todo dolorido, pés descalços e coração a mil, 
imaginando sobre o que me espera na próxima estação.
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√ Laura Méllo

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