Às vezes esvazio-me por dentro.
Não dói e nem é prazeroso colocar pra fora todos os sentimentos.
É apenas algo necessário com movimentos aleatórios.
É preciso fazer um garimpo de vez em quando.
Garimpar os choros e as risadas juntamente com os seus respectivos motivos.
Já ri de mim mesma na hora errada, sim, eu mesma me fiz de palhaça; já chorei por determinadas pessoas e por elas fui tripudiada.
Dosar...
Aprendi que necessito dosar tudo aquilo que chega na boca do meu coração.
Aprendi que preciso dizer uns sins, mas sobretudo uns nãos.
Tem gente que empurra de goela a baixo na gente, coisas pesadas demais, nos sobrecarrega a ponto de termos que nos esvaziar.
Mas isso não é ruim, muito pelo contrário, isso é bom.
Tem momentos na vida que devo ser brisa.
Porque durante quase que toda ela, sou furação.
E quando sou brisa é justamente quando me esvazio.
E quem pensa que dentro desse vazio me agarro ao nada, está redondamente enganado(a).
É a Deus que me agarro.
De outro modo, eu já teria me perdido no tempo, no espaço e na vida, nas longas fazes de vendavais.
O meu estado de espírito pede por vazios.
É quando Deus para, observa do alto, e quando avista o vácuo, Ele adentra e me sustenta para eu suportar outros temporais.
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•☛ #lauraméllo

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