Sou uma pessoa que aprendo muito fácil. Nunca fui de perguntar.
Para eu aprender algo, basta-me observar. Mas ensinar o que aprendi, já outra questão. Não sei ao certo passar o meu conhecimento adiante. Parece que travo, que não sei como colocar pra fora tudo aquilo que se encontra aqui dentro. Mas de uns anos pra cá, começou a despertar em mim uma vontade de escrever... De pôr pra fora os engasgos da vida, algumas das lições que aprendi. Como costumo dizer, comecei a desabafar. Não sei se tem sido válido para aqueles que me leem a minha bagagem de vida. O peso da saudade, da solidão, da felicidade momentânea e espontânea, das questões mal resolvidas do coração. Pra mim tem sido bastante válido. Quando me deparo com cada frase, parece que vejo uma parte da minha história ali contida. Nunca imaginei que fosse tão fácil se expor uma vida. Mas me exponho com cautela. Porque vida é vida, não é uma novela. Viver é desenrolar uma história onde capítulo, às vezes a sensação é de termos o domínio, às vezes não. O autor da nossa vida é Deus. E como Ele nos deu o livre arbítrio, em muitas coisas nós é que decidimos, em outras, será que é o destino? Meus pensamentos vez em quando vagueia entre a lucidez e o desatino. Acho que a sobriedade total não nos faz muito bem. Uma pitada de delírio vez ou outra convém.
Minhas loucuras nunca foram preocupantes.
Vivendo-as e escrevendo-as , de tão levezinhas, elas se tornam irrelevantes.
De escrever, eu não vou mais parar, porque a vida não é estática.
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