Porque
entre a flor e a pele,
existe a raiz.
É dor que brota e cresce.
Como a flor envelhece.
Morre-se a flor
no mesmo tempo em que a dor.
A flor que exala o perfume,
disfarça a dor que sangra.
Eis a faca de dois gumes.
Corpo e emoção.
Razão e coração.
Natureza humana.
Tudo misturado.
Dor esquecida.
Momentos lembrados.
Flor da pele e pele da flor.
Dor da flor que de amor sangrou.
Flor machucada.
Pele sangrada.
Vive-se por tudo.
Morre-se por nada.
Sorri de dia.
Chora de madrugada.
Flor que sangra morrendo de amor.
Rasgo-me a pele.
que expele
amor da flor que sou.
Ah, Poema confuso...
Tem pensamento entrando como intruso.
•٠•●● Laura Méllo
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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