Toda poesia feita de dia.
Dói a noite,
feito açoite...
A mão que escreveu, as palavras macias.
A noite vira um punhal,
onde era flor durante o dia...
De dia a poesia era doce.
Para o meu desalento,
se torna amarga de noite...
Na solidão do quarto,
há saudade,
de gosto amargo....
Nada mais é, que a tua falta.
Que no peito eu trago...
Que amanheça sem demora.
Porque essa dor a meia noite não vira abóbora...
─ Lαurα Méllo
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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