O que te prende?
Seria uma corda?
correntes?
um barbante?
uma porta?
um muro?
um portão?
uma cancela?
Seria um alguém?
zero de imaginação?
uma certa desorientação?
não existir um manual de instrução?
excesso de opção, ou a falta dela?
Seria, uma indecisão?
uma cruz pesada?
ver o seu maior sonho estatelado, morto no chão?
Ou seria você mesmo(a)?
O que te impede de alçar voo?
Seria a ausência de asas,
de braços,
de pés,
ou de um tiquinho de coragem e fé?
Nada pode lhe prender,
lhe impedir de voar,
se você ousar,
não se limitar,
e não ficar prostrado
como se o mundo tivesse acabado.
Porque do lado de fora tudo pode desmoronar,
acabar terminantemente,
menos
dentro da gente.
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Laura Méllo ✍ © Gabriel Pacheco
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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