Vejo morrer as minhas horas...
Na pressa do tempo,
Nas noites ao relento,
Nas manhãs sombrias,
E nas tardes frias.
Vejo morrer as minhas horas...
Com desejo nas mãos,
Dor no coração,
Um sorriso sem gosto,
E com um olhar esperançoso.
Vejo morrer as minhas horas...
Como quem renasce das cinzas
Dia após dia.
E apesar dessa morte,
Tenho a sorte
De ver nessas horas, colírios de poesias.
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•☛ Laura Méllo
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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