Esta sombra não é minha. Não me reconheço nela.
Eu não sou assim; sem cor, sem identidade.
Minha sombra deve ser colorida, florida e bela.
Essa é uma impostora, é uma mentira; porque toda eu sou verdade.
Ah! espera um pouco ...
Agora é que me dei conta que estou sozinha.
Sim, a sombra que vejo é a minha.
O meu desejo era que ela fosse diferente.
Mas pelo que vejo, toda sombra é igual.
A de um animal é animal; a de gente é gente.
Seja feio ou bonito, preto ou branco, baixo ou alto, normal ou esquisto.
Toda sombra é imparcial, livre de qualquer delito.
Pronto.
Tenho dito.

__ Laura Méllo __
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© Mariela Angela

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