Sinto que nunca serei totalmente livre.
Sempre estarei presa de alguma forma a algo ou alguém.
Envolto a minha liberdade há correntes imaginárias;
elas entram em ação todas as vezes que "afirmo" que nada me prende.
Isso não é ruim.
Porque me assusta a ideia de eu não ter nenhum tipo de rédea, de não existir nada que me segure, de eu não ter uma zona de conforto.
O que mais me assusta de verdade é uma liberdade perigosa, enganosa, cheia de armadilhas.
Seria como sair vagando as cegas.
E tudo que é obscuro e confuso não tem a direção de Deus.
Meus filhos me prendem de alguma forma, meu amor me prende,
minha casa é a melhor prisão do mundo, meu coração é o lar onde meus pensamentos adoram estar, minha bondade faz com que eu não cometa atos ruins, começar até terminar de ler um livro me torna presa a ele;
Gosto dessas coisas que me prendem, entende?
Me sinto como uma árvore chacoalha para todas as direções, que conhece todos os tipos de ventos e seus movimentos, mas não sai do lugar.
Suas raízes não deixam.
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— ℓαurα ʍéℓℓѳ
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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