às vezes, a vida me ofende.
às vezes, viver é uma ofensa.
às vezes me sinto ofendida pela vida.
às vezes não, quase sempre!
eu trato a vida tão bem.
então, por que ela me maltrata?
por que tanto desdém?
vez em quando é generosa;
e ao mesmo tempo tão ingrata.
vida fingida! se finge de minha amiga,
até tirar meu coração com as suas próprias mãos ...
aí, Maktub : me mata.
— Laura Méllo
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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