“Morre-se de qualquer jeito.
A causa mortis é só um detalhe.
Mas, ah se pudéssemos escolher!
Eu preferia morrer de amor a morrer de tédio.
Antes morrer nos braços de quem amo, a morrer no abandono.
Não sei se toda morte é sofrida, porque nunca morri,
mas que Deus não permita a minha morte em vida.
Essa sim, sem sombra de dúvida seria a mais sofrida.
Ah se pudéssemos escolher ...
Gostaria de morrer e em seguida novamente nascer.
Falar em morte não é nada bizarro, muito pelo contrário.
É o acontecimento mais certo, embora seja o menos esperado e nada desejado.
Como toda flor que nasce e morre, mas antes diz à que veio,
é uma flor assim que sinto existir dentro mim, aqui, bem no meio.
No centro de todas as emoções.
No lugar mais exato; onde fica os corações.
À que vim?
— Alguém pode falar isso por mim?
É que agora tenho pressa. Estou à flor(ir) em outros jardins...
Antes que eu venha a murchar.
Dá licença, tá?!”

¶ laura méllo

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