“Morre-se de qualquer jeito.
A causa mortis é só um detalhe.
Mas, ah se pudéssemos escolher!
Eu preferia morrer de amor a morrer de tédio.
Antes morrer nos braços de quem amo, a morrer no abandono.
Não sei se toda morte é sofrida, porque nunca morri,
mas que Deus não permita a minha morte em vida.
Essa sim, sem sombra de dúvida seria a mais sofrida.
Ah se pudéssemos escolher ...
Gostaria de morrer e em seguida novamente nascer.
Falar em morte não é nada bizarro, muito pelo contrário.
É o acontecimento mais certo, embora seja o menos esperado e nada desejado.
Como toda flor que nasce e morre, mas antes diz à que veio,
é uma flor assim que sinto existir dentro mim, aqui, bem no meio.
No centro de todas as emoções.
No lugar mais exato; onde fica os corações.
À que vim?
— Alguém pode falar isso por mim?
É que agora tenho pressa. Estou à flor(ir) em outros jardins...
Antes que eu venha a murchar.
Dá licença, tá?!”
¶ laura méllo
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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