❝ Eu, doente de amor
achava que um outro amor me sararia.
E quando um outro amor chegou
pesou-me os olhos, os ombros, a cabeça e o coração.
Depois disso tive a certeza
que para o amor, não existe cura, não.
Pesa-me os olhos
pelo tempo da espera, esperando o amado chegar.
Pesa-me os ombros
que na altura do queixo, põe-se à descansar.
Pesa-me a cabeça
que a todo momento diz; esqueça. Mas esquecer um amor não dá.
Pesa-me o coração
que mesmo batendo de alegria, chora com sofreguidão,
a certeza da incerteza se meu amado, chegará, ou não.❞
— laura méllo
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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