❝Eu dobrei uma esquina e quase não acreditei no que vi.
Toda a minha existência estava lá. Mal pude acreditar.
Me deparei com lágrimas doces e salgadas, todas muito bem misturadas.
Vi gente que dizia me amar e por detrás das minhas costas me apunhalar. 
Senti gozo na alma, quando vi a minha mãe me colocando no colo e me fazendo ninar.
Chorei, ao ver o meu herói tirando a sua máscara e se mostrando um tirano.
Vi dois amores sendo desfeitos de uma forma tão bem feita, mas que na época do acontecido, isso, eu não havia percebido.
A minha memória fotográfica e emocional dizia: - não olha!
Mas olhar foi um ato muito natural.
O que mais me surpreendi, foi ver pessoas que eu denominava como anjos,
se transfigurando numa aparência de um animal.
Tem gente que engana a gente porque a gente quer ser enganado,
mas nem sempre é desse jeito. Que fique isso aqui registrado.
Nessa vida eu já pintei pessoas que gostei, de tudo quanto é jeito.
Mas nem tudo tem cor. E chega uma hora em que o preto e branco aflora.
Nessa hora ou você fica junto da pessoa, ou vai embora.
Eu FIQUEI. Elas é que se foram.
Mas tudo bem. Tudo na vida tem um retorno.
Quantas coisas podemos sentir, ver e reviver num simples dobrar de esquina?!
Não sei se cheguei ao fim do caminho, ou se essa esquina é apenas um re(começo).
O que sei é que daqueles flashes, eu morro e não me esqueço.❞

— Laura Méllo

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