“ (...) Não.
Eu não me machuco porque quero
porque gosto
porque acho atraente me machucar.
Eu não tenho culpa se a vida me insulta
me machuca sem cessar.
Eu já lhe disse: - Basta!
Mas ela se fez de surda
e continua a me atormentar.
Ah ...
pára
vidaaaaa!
Eu prometo: lhe faço um dengo,
um chamego, se tu comigo se ajeitar.
Ajeita-me que te ajeito.
Seja meu céu, porque sou teu chão
teu lar ...
Puxa uma cadeira
e senta.
Vamos conversar?
Nada como um diálogo.
Bora dialogar?
Eu sei que posso te convencer
a ser
boazinha
vida minha ...”
.
—•☛ Laura Méllo
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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