Tenho tanto espaço à ser preenchido.
E sinto que tenho tão pouco conhecimento adquirido.
Tenho garra e disposição apesar das correntes que me amarram.
Tenho uma fé faminta.
Que se conforma quando eu a escrevo de uma forma sucinta.
É que tenho uma certa intrepidez, mas vez em sempre, sou tímida.
Gosto de meus desabafos.
Mas gosto quando escrevo, não, quando falo.
Tenho uma vida pacata, um tanto quanto até sem graça,
mas esperançosa por um tempo de poder exacerbar.
De colocar pra fora esses meus pensamentos loucos,
essa ânsia de viver com intensidade pouco a pouco.
Tem alguém aqui dentro de mim que não sabe se resumir.
Que tateia caminhos novos, mas por ser presa, não há muito para onde ir.
Quer saber?
Tenho muitos sonhos para pouca lida.
O que desejo viver não cabe numa única vida.
... e fico a me perguntar:
como é que pode alguém morrer antes de viver?
Alguém pode me explicar?
Já vi por aí muitos sorrisos tristes e algumas lágrimas de felicidade.
Mas quem há de definir o que é viver de verdade?
Para uns viver é isso, para outros viver é aquilo (...)
E quem já morreu, mas antes descobriu o segredo da vida,
creio eu, que guardou sigilo.
Eu fico aqui sentada, parada, com a cabeça a mil.
Sentindo o cansaço de uma velha, com uma alma juvenil.
Com saúde de espírito e corpo febril.
E quem pensa que sabe de mim, engana-se.
Nem eu mesma sei como definir o meu perfil.
Apenas sigo amando, professando exageradamente um amor gentil.
Quem já passou por mim e não prestou atenção, nem isso sentiu.
As vezes não tenho corpo. Sou só coração.
Porque tudo em mim pulsa.
Talvez seja reflexo da minha labuta.
Mas do que de verdade a vida é feita mesmo, senão de lutas?!

╰» laura méllo

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