E quando eu morrer
Um pássaro estará a chorar.
É um pássaro que voa livre
Dentro de mim.
Por favor, não duvide.
Acredite, sim!
Lá fora
Ele nunca enxergou beleza.
Talvez quem sabe
Ele goste mesmo é da minha tristeza.
Ele sente uma lágrima cair
E acha logo que é chuva
Então começa a voar
Pra lá e pra cá
Num constante ir e vir.
No silêncio da minha solidão
Ele se sente em paz
Falando baixinho ao meu coração.
Pássaro sem ninho.
Sem mãe, pai, parentes ou vizinho.
Fez de mim o seu lar
E para viver
Ele vê um outro lugar.
Olhando o horizonte
Observando tantos sorrisos fingidos
Sorrisos perdidos procurando abrigo.
É que ele mais se convence
Que a minha tristeza não é só minha
Mas é de toda essa gente.
Que se mostra contente
Mas por dentro morre de dor.
Ele sabe que a tristeza que trago mal me cabe.
Mas a carrego por amor.
Pássaro amigo
Vai sempre comigo
Aonde quer que eu for.
E quando eu morrer
Ele de verdade vai sofrer
Uma grande dor.
Não fique triste meu passarinho.
Ainda sou teu ninho;
Enquanto eu viver
Eu e você
Não estaremos sozinhos.
╰» laura méllo
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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