Às vezes eu queria ser invisível.
Isso mesmo, imperceptível.
Queria poder passar ao longo de um dia interminável,
sem ser notada e por ele afetada, 
afetada pelas pessoas que me cercam, que me espreitam, 
que a dor me assujeitam.
Queria que não sentissem meu perfume,
não escutassem meus passos, não me vissem em pedaços,
não ouvissem a minha voz, que mesmo calada,
eles conseguem captar.
Sabe aquele dia que existir lhe pesa tanto,
que você não sabe o que fazer de tanto espanto?
Hoje, estou espantada, desassossegada,
frágil, vulnerável, pequena demais para ser notada.
Agora escrevo sentada.
E você me leu. Mas por favor!
Faça de conta que não.
Apague da sua memória escrita,
a dor que expus nesse instante sobre a vida.
Viver é bom, é um dom.
Mas muitas vezes é uma música desafinada,
que parece nunca saber acertar o tom...

*:•.♡.•:*
_______________ laura méllo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog