Não gosto muito de conhecer as pessoas a fundo, não.
Sou atenciosa, trato muito bem a todos, mas sempre
procuro manter uma certa distância.
E se alguém vier me perguntar por um outro alguém, 
essa distância me permita dizer:
─ Não sei. Não o(a) conheço direito.
─ Não posso falar nada a respeito.
Não que eu goste de ficar em cima do muro.
Simplesmente não curto paredes. Meu negócio é horizontes.
Gosto de tentar viver em paz com todos.
E pra isso, com o que não me diz respeito eu não me envolvo.
Não me agrada intimidade demais.
Pra mim, quando você entra a fundo na vida de alguém,
você descobre segredos, descobre coisas que não lhe cabem saber.
Você se envolve, se decepciona, começa mesmo
que sem querer, a passar adiante aquilo que sabe da tal pessoa.
Então, o "menos" pra mim sempre foi e será "mais".
Eu gosto de saber das pessoas, o suficiente para que
eu queira estar perto delas de vez em quando.
Intimidade é coisa muito particular.
A vida me ensinou que só devemos ter intimidade com Deus.
Eu não saberia entender completamente os teus defeitos,
os teus segredos e nem você os meus.
Então pra quê os expor ?
Não curto que ninguém chegue pra mim e fale mal
de sicrano ou de beltrano.
Já sou uma mulher adulta e sei que ninguém é totalmente
bonzinho que nunca tenha pensado ou feito algo errado.
E ninguém é tão mal que não possa se arrepender
de alguma maldade que tenha feito.
Resumo:
─ Sou do tipo que não julgo, não acuso e nem tenho o poder de absolver.
Sou uma pessoa que vivo, simplesmente vivo e deixo viver.



[ ────────────── Laura Méllo ]

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