Alarga-se a tristeza
De uma louca saudade
Da vontade sufocante
De ter perto alguém tão tão Distante...
Alarga-se a tristeza de um sábado cortante
Ferido, entristecido, aborrecido
Com sufocantes gritos...
Ela se fecha numa caverna
Contemplando por uma pequena fresta
Um céu de estrelas e uma lua fria
Fria, gelada como um mar na madrugada...
Esperando por um domingo/tartaruga, coitada!
Ela queria uma fuga
Para um dia caduco, repleto de rugas
Envelhecendo está a moça
Por conta de uma saudade antiga
Que a fere feito uma urtiga...
Existe para ela uma saída?
Saudade que não se pode matar
Definha quem a sente pela sina de amar...
E passa o tempo...
Passam os dias...
Passam as horas...
E lá está caducando
A menina se transformando
Em Senhora.
ღ
[ ────────────── laura méllo ]
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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