O corpo dói
A alma pesa
Dá-se uma febre baixa
Os batimentos cardíacos
ora aceleram, ora enfraquecem
A vida grita
O pensamento se agita
Bebe-se as lágrimas
Está quase nela a se afogar
Para alguns, não é fácil no mar da vida nadar
Uma braçada daqui
Outra acolá
Avistá-se terra firme
No entanto nela, nunca se consegue chegar
Nada. Nada. Nada com valentia
Não é por covardia
Que muitos se afogam em alto mar.
Cansados
Querem água de beber
Mas a água que se vê, não dá pra sede matar
É salgada demais.
O que se pode fazer?
Mistério da vida.
Quem há de saber, o segredo de viver?
Nadasse tanto. Para morrer-se seco
É um mar ou é miragem?
Não, não, eu nado num mar
Não estou falando bobagem.
─ ℓαurα ʍéℓℓѳ
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
Comentários