Guardo
o que nunca disse,
numa carta para ti escrita.
Nela se encontra
um amor imenso em versos.
Amor este,
que você nunca de verdade sentiu.
Não,
por eu não ter o demonstrado.
Mas por você
não ter estado atento
a este enorme sentimento.
Nunca te falei que o que eu sentia.
Era amor sem nenhuma covardia.
Amor destes, que não cabe fantasia.
Ele sangrava todo dia.
Sangrava por se entregar demais,
por ser mal interpretado
e por causa disso, rejeitado.
Ah, se algum dia
esta carta pudesse chegar em tuas mãos!
Por Deus,
que tudo que eu mais queria,
era saber o que sentiu o teu coração.
O amor, aDORmeceu.
Mas não morreu ...
— Laura Méllo
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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