“ Ela era mestra no amor.
Mas escrevia sobre ele, como quem nada sabia.
Pois não era tão bonito de se ler, o amor que conhecia.
Afirmava nas palavras coisas como quem questionava.
A todos que liam, ela intrigava.
Moça esperta.
Sabia a hora certa, de colocar em sua escrita,
cada ponto, cada vírgula, aspas e interrogação.
Sua mente era fascinante.
Menina coerente, mesmo às vezes sendo inconstante.
O amor que vivera, era dolorido.
Amor sofrido. Amor não correspondido.
Bebia as próprias lágrimas e se deliciava,
dizia que era bom, porque eram lágrimas de quem muito amava.
Mas gostava de escrever sobre um amor presente,
amor que caminha lado a lado com a gente.
Pobre moça! Terminou sua jornada tão só.
Só, mas cheia de amor.
Amor singular. Amor retido.
Amou (só), um amor bem vivido.
Essa, foi a sina daquela menina.
Menina de sorriso triste, de olhos esperançosos,
de braços calorosos, de um coração enorme, de alma pura.
E de dedos delicados.
Pois só sabia escrever o amor.
Embora a vida lhe tenha sido muito dura. ”
─ ℓαurα ʍéℓℓѳ
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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