“ Ela era mestra no amor.
Mas escrevia sobre ele, como quem nada sabia.
Pois não era tão bonito de se ler, o amor que conhecia.
Afirmava nas palavras coisas como quem questionava.
A todos que liam, ela intrigava.
Moça esperta.
Sabia a hora certa, de colocar em sua escrita,
cada ponto, cada vírgula, aspas e interrogação.
Sua mente era fascinante.
Menina coerente, mesmo às vezes sendo inconstante.
O amor que vivera, era dolorido.
Amor sofrido. Amor não correspondido.
Bebia as próprias lágrimas e se deliciava,
dizia que era bom, porque eram lágrimas de quem muito amava.
Mas gostava de escrever sobre um amor presente,
amor que caminha lado a lado com a gente.
Pobre moça! Terminou sua jornada tão só.
Só, mas cheia de amor.
Amor singular. Amor retido.
Amou (só), um amor bem vivido.
Essa, foi a sina daquela menina.
Menina de sorriso triste, de olhos esperançosos,
de braços calorosos, de um coração enorme, de alma pura.
E de dedos delicados.
Pois só sabia escrever o amor.
Embora a vida lhe tenha sido muito dura. ”

─ ℓαurα ʍéℓℓѳ

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