Sinto falta de coisas, que não sei bem onde as perdi.
Tenho na boca o gosto de algo bom, que na verdade nunca experimentei.
Sinto saudades de um tempo, que não vivi, que não estive lá e olha que louco: gostei de estar ...
Fecho os olhos e vejo fleches de momentos tão lindos, tão intensos, tão únicos de uma história de vida linda, e quando abro olhos e olho ao redor, fico a imaginar como seria bom se essa história de vida fosse a minha.
É como se eu estivesse num corpo que não me pertence, como se eu estivesse vivendo uma vida alugada e que o preço desse aluguel é alto demais, e que por mais que me esforce, que eu trabalhe duro para pagar nunca é o bastante, nunca compensa.
Porque uma vida plena, não é uma vida emprestada ou alugada.
Mas uma vida bem paga, bem quitada.
Onde a gente vivesse nela, sem ser cobrado de nada.
E a vida que tenho me cobra sim.
E pior. Cobra-me algo indevido, imerecido.
Por Deus. Eu não mereço pagar esse alto preço!
Um dia quem sabe por fé, por insistência, por esperança,
tudo não muda.
Tudo não muda, quanto essa cobrança absurda.
Lαurα Méllo
Se sou leve, sinto que posso voar. Mesmo que a vida me pese, o infinito, eu posso alcançar. Não pertenço ao chão. Perdão! Caminho sobre a terra, mas pertence aos céus, a minh'alma e o meu coração. Bailo no ar, quando escuto uma bela canção. Melodias celestiais, fazem-me percorrer os quatro cantos da terra, ancorando-me em cada Cais. Sou anjo sem asas. Sou fogueira sem brasas. Sou aprendiz das palavras. Sou a fé que caminha. Sou órfã, sou sozinha. Sou na minha solidão, a água e o pão. Sou um poço sem fundo. Sou do tamanho do mundo. Sou amor profundo. Sou afetuosidades. Sou transparente, sou verdade. Sou de mim mesma, quase um jubileu. Sou templo de Deus. Sou a menina dos olhos seus. ✻ laura méllo
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