Às vezes converso comigo mesma.
E fico surpresa com as coisas que falo pra mim.
Me confidencio segredos, maneira de ver a vida,
o que penso e vejo nas pessoas com quem convivo,
o que eu faria de diferente nas decisões do passado,
onde acertei e o que fiz de errado.
E confesso!
Nestes diálogos meus comigo mesma,
eu tenho certeza que não me conheço,
'que sou uma estranha pra mim'.
Mas quem há de conhecer-se plenamente?
Quem nunca se surpreendeu com uma atitude inesperada,
um querer por algo inusitado, um pensamento meio louco?
A gente pensa que se conhece, e se conhece tão pouco...

Laura M éllo

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