Quando criança, 
sempre fui quietinha e timidamente sorridente.
Nunca fui de fazer birra, de brigas. 
Evitava confusões.
Se algum coleguinha do colégio implicava comigo,
falar para minha mãe, eu sempre evitava. 
Lá mesmo eu resolvia.
Ficava no meu cantinho e tudo se ajeitava.

Brincava bastante de amarelinha,
esconde-esconde e até fazia algumas estripulias.
Na minha época, sobre internet, eu nem sabia que existia.
Fiz tantos amigos que até hoje, vejo um e ou outro.
E sempre matamos as saudades pouco a pouco.

Hoje, já sou uma mulher feita.
E dizem que tenho um sorriso triste e um olhar que sorri.
Com certeza, a tristeza no sorriso,
é a menina que fui, querendo aparecer. E sem poder,
fica triste e faz desse meu sorriso o seu esconderijo.

O olhar que sorri, é a mulher que hoje sou,
querendo voltar a ser aquela menina
que o tempo no passado deixou.
O que me deixa feliz é sentir que a criança que fui,
não se envergonha da mulher que hoje sou.

Pois tenho me esforçado para deixar viva em mim,
a essência daquela menina inocente até o meu fim.


Laura Méllo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog