“Eu quero dizer. Quero muito dizer.
Mas não consigo contar em palavras.
Vou escrever uma carta pra você.
Porque preciso falar, me expressar de alguma forma.
São tantas coisas acontecendo.
Tantos sentimentos me envolvendo.
Quem sabe você, não poderia me entender.
Tenho solidão. Não, solidão de gente.
Pois sou rodeada delas.
Tenho solidão de afeto, solidão de compreensão,
solidão de amparo, solidão de quem de verdade
me estenda a mão.
Eu tenho um sorriso até bonito.
Um sorriso persistente, um sorriso bem sorridente.
Talvez seja por causa disso, que todos pensem
que sou auto-suficiente, sou contente e não preciso
de um ombro pra chorar.
Sim, porque choro. E choro com frequência.
Eu tenho um limão em uma das mãos.
Também tenho uma faca na outra.
E na boca eu tenho mel.
Meu Deus, é o mel que me salva todos os dias.
É por causa desse mel, que o limão não se torna tão amargo.
É por causa desse mel, que a faca, sempre foi bem usada.
Todos os dias eu tomo uma limonada.
Eu poderia jogar fora o limão e a faca.
Mas, não posso. Seria covardia para com Deus, para comigo mesma
e para com a doce limonada.
Não sei se você me entende.
É que eu não posso falar tão claramente.
Mas quer saber?
Eu te agradeço só por me ler.
Já me ajudastes sabia?!
Você sabe, que peço socorro todo dia?
Meu pedido de socorro, é contido no meu sorriso.
Talvez a partir de agora eu lhe dizendo isso.
Você passe a prestar mais atenção em cada sorriso.
Seja o meu, ou não.
O meu sorriso, esconde muitas coisas que não digo.
Há um grande mistério no meu sorriso.
O mistério maior é o mel, que por vezes
até escorre da minha boca. Que coisa louca!
Escorre, no momento em que a dose de amor
que Deus coloca dentro de mim é maior do
que o de costume.
Porque Ele sabe. E só Ele sabe, o quanto esse mel
faz toda diferente no amargo do limão que a vida
colocou em uma de minhas mãos.”

ℒaura ɱéllo ✔


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